Sobre nós

O Legado

Início do Século vinte,
Onde progresso aflorava...
Em meio às terras baldias;
Alheia à tantas “Marias”,
“Maria- fumaça” chegava.

Quebrando o doce silêncio,
Com seu apito estridente,
Cortando sertões bravios,
Em matas, serras e rios, 
Com seu ranger diferente.

Transportando a riqueza
Desta gente sertaneja,
Que exportava com alegria:
O labor do dia a dia,
Frutos de sua peleja.

Nas tardes e nas manhãs,
Esperando na Estação,
O povo ouvia o apito,
Que transformava num rito:
“Café com pão... manteiga, não...”.

“Café com pão”... Café com pão...
Café com pão... “Manteiga, não...” 
Por meses, anos... Afora...
Sem pensar em ir embora,
Trazia vida ao sertão.

Conduzindo os sertanejos...
Gado, milho, algodão...
Sobre os trilhos serpeantes,
Com sua força possante,
Trouxe progresso ao sertão.


Aquilo virou rotina!
Então, o tempo passou.
Surgiram outros transportes.
Não pra o bem de nossa sorte,
Aquele apito parou.

Parou de ir e de vir.
O sertão se estagnou.
Muitas famílias partiram...
Muitas casas se ruíram...
E a saudade aqui ficou!

Os trilhos foram arrancados.
Fechada cada Estação.
Pontilhões viraram pontes...
Perdia no horizonte
A esperança de então.

Depois de anos corridos...
No lugar da ferrovia, 
Aproveitando esse leito,
Em lugares bem estreitos,
Hoje se vê rodovia.

Bem no seio de Monjolos,
Com um ar monumental,
A Estação mui faceira
Será pela vida inteira
“Patrimônio Cultural”.

Ao preservar este “Bem”,
Cravado em nossa memória,
Serei um participante,
Construtor, edificante...
Defensor de nossa história.

Aos Filhos de nossa terra,
Ou vindos de outros prados:
Façamos jus ao presente,
Herdado de tanta gente,
Que a nós deixou “O legado”.

Composto por: Dalva Figueredo de Oliveira
Secretária Municipal de Educação de Monjolos

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